Anjos de Deus, de Mariana Ianelli
DiVersos Poesia e Tradução, nº 25
Os que vingaram
mas delicados
perderão sempre,
esses que servem
de isca, de alvo
de holocausto
tão facilmente
e sozinhos brincam
em seus pátios internos
com infantes
de outros reinos,
os ditos frágeis
que se traem
pela própria natureza,
esses massacráveis
de olhos doces
ossos de gaveto
que tremem
que choram
para deboche dos fortes
mal aguentando
sobre um fio ténue,
esses moldados
em mansidão moldados com desvelo
dignos de pena
em patas de cervo
asas de garça,
anjos de Deus.
Poema lindo de Mariana Ianelli, eu descobri os livros dela quando trabalhava em uma livraria em São Paulo. Um abraço.
só conheci aqui numa revista de poesia, a DiVersos