C. Virgil Gheorghiu

Passagens de A Casa de Petrodava – C. Virgil Gheorghiu

“A língua materna – de qualquer pessoa – é a única língua perfumada e colorida. Por muito pobre que seja, na língua materna cada palavra pode significar uma imensidade de coisas, e pode conter luz, cor, perfume. E cada vez que ela é pronunciada pode tornar.se uma nova palavra.” (p 199).

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“Na sua própria pátria cada homem é um príncipe. Cada um usa na cabeça, todas as noites, a estrela do seu nascimento.” (p. 203).

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“Para viver em conformidade comigo. Autêntico. Honesto em relação amim e em relação à natureza. Honesto em relação a mim e em relação à natureza. Honesto em relação às estações, ao céu e à terra. Eu quero uma existência com a velocidade do passo humano. É tudo!” (p. 217).

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“Cada louco pode ter, por motivos que nos são desconhecidos, momentos ou mesmo horas de lucidez. Por exemplo, depois de onze anos de absoluta escuridão, Friedrich Nietzsche perguntou à sua irmã Isabelle: «Isabelle, é verdade que eu escrevi livros?» Antes de obter a resposta, ele penetrou novamente nas trevas.” (p. 281).

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A Casa de Petrodava – C. Virgil Gheorghiu (trad. António Fernandes)

Livraria Bertrand, 1961

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