Poema em imagem – homenagem ao autor, homenagem à literatura. Se quiser, clique para aumentar: Continuar a ler
Tag Archives: século xxi
poesia e expressão literária do século XXI.
1. poema de Victor Oliveira Mateus
1. Sobre esta terra me deito e digo sol Digo-o na teimosia branda do casario, onde à noite as mulheres, todas de esperança vestidas, enfeitam de pequenos búzios a terrível margem do silêncio Ah, ninguém já ousa semelhante Viagem! Ou sequer um frágil aceno, como quem convoca, no rendilhado das areias, a beleza … Continuar a ler
Síntese e remorso – poema de Luís Quintais
Acerca da fragilidade De uma criança Nada diremos. Acerca da sua força e das imagens Nocturnas que se espelham Como o adversário se espelha Na polida solidez do escudo, Sobre isso talvez nos seja dado Dizer o que não merece mais Do que síntese e remorso. Luís Quintais Eufeme – magazine de poesia … Continuar a ler
Flor Interior: novo livro de Casimiro de Brito
(replicamos aqui comunicado da Editora Eufeme, a propósito do lançamento de uma obra do conhecido poeta Casimiro de Brito) * no dia 21 de Julho de 2017 é lançado o livro “flor interior” de Casimiro de Brito, sendo este livro o n.º 8 da colecção “poetas da Eufeme”. O lançamento como já é hábito não será em local específico. Este … Continuar a ler
“O pente de Deus -Fez” de Paulo Pego
Fez Dos pontos altos observo telhados de encanto mesquitas escolas corânicas Andou por aqui o pente de Deus * Paulo Pego, Revista de Poesia e Tradução DiVersos, 22 Continuar a ler
Poema de António Pedro Ribeiro
Recuso-me a renunciar a mim mesmo Recuso-me a obedecer ao que quer que seja A Deus, ao Estado, aos patrões Prefiro ser um vadio, um vagabundo E dizer o que realmente penso Não alinho na vossa lei, Na vossa tranquilidade, ó burgueses, Nasci diferente Fui-me fazendo Ouvi este e aquela Li os mestres Ouvi os … Continuar a ler
O desastre gosta de tomar – Golgona Anghel
O desastre gosta de tomar a forma das tuas pernas para envolver-me melhor. . Reparo nas minhas unhas roídas nos cantos, na pele infectada, nos dentes amarelados no lixo acumulado no quarto e pergunto-me: como será a tua cara hoje, enquanto o teu cabelo liso e louro continua a tecer-te um casulo dourado desde a … Continuar a ler
Poema 32 – Jaime Rocha
É um pedreiro que fala. E alguém ouve em desespero como se o céu se abrisse e os prédios fossem sorvidos por uma esponja. Trata-se de um caso inédito. A casa é que constrói o predreiro e o prepara para a vida. É ela que chora e que bate com as paredes contra as … Continuar a ler
Madrugada – Nicolau Saião
No interior a polpa: um nó convulsamente preso na carne feita para amar No exterior partículas tão exactas e puras como um dia. No depois das paredes nesse ar que se dissipa nesse negrume fixo e já disperso – para sempre encontrado – o clarão que nos une e que nos leva entre as horas … Continuar a ler
a padaria serve-nos de abrigo – M. Parissy
a padaria serve-nos de abrigo pessoas seguem-nos com olhares de labirinto o sexo geme pela menção do telefone . há velhos cartazes de parede enrolados sobre a mesa . o drama exterior das sombras hoje é domingo e amanhã? * (M. Parissy, Morte com dedos em ferida, 2000, Edições Mortas). Continuar a ler
Mais Notícias do Pensamento Desconexo – João Habitualmente
João Habitualmente lançará nova obra no próximo dia 22 de novembro… Com a chancela da Edita-me o evento decorrerá no Clube Rivoli do Porto. Continuar a ler
poema de Albano Martins
Como se nasce pela segunda vez? – perguntei. E tu disseste: no meu ventre tu nasces todos os dias. E é de ti próprio que nasces. (in Livro Quarto, 2004) (e também na DiVersos, 17) Continuar a ler
ficas melhor assim vestida de não
ficas melhor assim vestida de não, ficas mais quieta na minha memória. a solidão é deste modo: a coragem de escrever sozinho o final da nossa história. adiciono pontos finais ao final da nossa história: estás quieta na minha memória, os gestos sem cor, um enorme não cerceando a tua boca. estás também nua. aproximo-me … Continuar a ler