Sobre o autor

Rui Tinoco, poeta, psicólogo bracarense a viver no Porto, dispersou vários poemas e outros textos literários em diversas revistas materiais e electrónicas. Em 2011 publicou o seu primeiro livro de poesia intitulado O Segundo Aceno. Mantém os blogues Ladrão de Torradas e Psicologia, Saúde & Comunidade. Em 2013 veio a lume o projeto Era Uma Vez o Branco. Seguiu-se o projeto a quatro mãos Causas da Decadência de um Povo no seu Lar (2015); a A Mão Heteronómica (2017). No mesmo ano publica-se a teoria do verso em rosebud.

Sobre a teoria do verso em rosebud (Eufeme, 2017)

Poesia

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Sobre A Mão Heteronómica (Volta d’Mar Edições, 2017, Nazaré)

Terceiro livro de poesia de Rui Tinoco… Nele se aborda a temática da escrita como objeto do poema. Escrita com os seus vários personagens ou vozes: o autor, o leitor… Ainda assim, e desde essa perspetiva, se abordam as emoções, as relações humanas ou ainda a natureza e as coisas que são observáveis, como neste caso:

dispunhas as sobrancelhas

no rosto como letras

desconhecidas de um alfabeto

exótico. gostaria de aprender

esse idioma. em vez disso

ergo a chávena de café

olhando de soslaio os teus

movimentos.

Surgem também poemas motivados por um filme ou pela leitura de certa passagem de um livro. Termina o volume em pleno branco com um encontro entre o leitor e o autor.

Sobre Causas da Decadência de um Povo no seu Lar (Edita-me, 2015)

João Rios, Pedro Teixeira Neves, Renato Filipe Cardoso e Rui Tinoco espraiam-se nesta obra composta por quarenta poemas navegados, para celebrar em lusitano corrido, o que a revolução não soube torcer, depois do festim de sonho e ilusão.

Sobre Era Uma Vez o Branco: (Volta d’Mar Edições, 2013, Nazaré).

Na poesia de Rui Tinoco, os dialogismos vários que são, afinal, a essência de todo o acto criativo assumem-se enquanto temática primordial: concretizam-se nas múltiplas e possíveis ligações entre autor / leitor / texto / mundo evocado e mediatizado por um eu em incursões no mundo dos outros, que adivinha, ou no seu universo circundante, que apresenta em pinceladas voluntariamente paradoxais. Enquanto a escrita interroga o escritor ou o objecto criado interpela o seu criador, o leitor perde a sua virtualidade e toma lugar à mesa do texto, ao lado do autor. Assim, uma dramaturgia precisa distribui os vários papéis por personas que se entreolham em cumplicidades várias num registo conciso e inovador. Numa poesia que é ela também uma arte poética, a reflexão sobre o processo da escrita dá o mote. Qual deus ex machina, uma voz surpreende em novos exercícios ficcionais:

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“a conversa

estava a terminar e nem sequer

se tinham apresentado. que cabeça

a minha: escritor este é o leitor

leitor este é o escritor.
”

MJT

Sobre O Segundo Aceno: (Edições Sempre em Pé, 2011, Águas Santas).

«Sendo embora um primeiro livro, mas um livro de maturidade plena, ele resulta de todo um trabalho anterior, disperso já em publicações  como Artes & Artes, Suplemento Cultural do Diário do Minho, Boletim de Poesia, DiVersos, Oficina de Poesia, Bigode, no fanzine de poesia Debaixo do Bulcão, na revista Piolho, e com alguma regularidade no jornal Poetas & Trovadores.  Livro de grande unidade formal, exprime uma visão muito fina das relações intersubjetivas e das eternas complexidades do amor, da linguagem e da literatura. Os não ditos afinal ditos mas deixados de alguma forma por dizer reúnem-se num «compêndio das reticências», uma espécie de um segundo título para um «segundo aceno».

 

 

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Neste espaço faremos ainda referência a textos publicados em revistas e também disponíveis em diversos blogues e outros sites literários. Forneceremos, sempre que possível, os respectivos links: Revistas literárias e blogues e sites…

Em revistas literárias aqui

Em sites e revistas eletrónicas aqui

As coisas profissionais aqui (Psicologia, Saúde & Comunidade).