Caríssimos leitores,informamos que o livro de poesia «poema aberto ao silêncio» de Rui Tinoco, ficará disponível no dia 14 de Outubro 2020. Este livro é n.º 18 da colecção “Eufeme Poesia”.Com o preço 9,00 €(já com portes incluídos). Os pedidos podem ser feitos através do nosso email (eufeme.magazine@gmail.com) ou nas livrarias: Poetria (Porto), Flâneur (Porto) e Snob/Cossoul (Lisboa). Mais informações aqui.Também podem responder … Continuar a ler
Category Archives: Sublinhados
Sublinhados de leituras, passagens que impressionaram.
Eufeme 16 (Julho/Agosto) 2020
(nova publicação Eufeme, que divulgamos) * “Caríssimos leitores, Informamos no dia 1 de Julho de 2020 fica disponível mais um número do magazine de poesia Eufeme 16 (Julho/Agosto). Como é de vosso conhecimento a Eufeme nunca faz lançamentos públicos, e por isso, para quem quiser adquirir basta fazer os pedidos como habitualmente no site ou através do email (eufeme.magazine@gmail.com) … Continuar a ler
Entrevista no Como Eu escrevo – Rui Tinoco
Recentemente respondi a uma série de perguntas sobre a escrita no site brasileiro Como Eu Escrevo, de José Nunes. * Como você começa o seu dia? Você tem uma rotina matinal? Nada de rotinas… Café sim… e depois encaixar espaço para a escrita nas rotinas profissionais e familiares. Pequenos nadas que vão permitindo somas que possibilitam … Continuar a ler
Notícia no Literatura e Fechadura – Três poemas de Rui Tinoco
Graças a uma gentileza de Jean Narciso Bispo Moura II, três textos meus (Rui Tinoco) vieram a lume na Literatura e Fechadura – um sítio eletrónico brasileiro de poesia. * Leia-os aqui Continuar a ler
Locais de venda: A Mão Heteronómica
O livro recentemente publicado, A Mão Heteronómica, Nazaré: Edições Volta d’ Mar (2017) está já à venda em livrarias que têm uma relação bastante próxima com a poesia: Paralelo W Letra Livre Leituria Continuar a ler
A publicação de um livro na Roma Antiga
Antes de mais, importa explicar como se divulga uma obra literária em Roma: o autor nunca está isolado, pertencendo a uma espécie de círculo ou coutada literária; mostra o trabalho a um amigo próximo que faz uma primeira crítica e o lê, depois, diante do seu grupo; caso fique satisfeito, distribui-o mais amplamente e só … Continuar a ler
Deusa Mena – temas romanos
Confia-se na deusa Mena, divindade do fluxo menstrual, cujo nome deriva do nome «mês», pois a experiência ensinou a todas que as regras regressarão, de modo geral, todos os meses. * A vida quotidiana Da mulher na Roma Antiga Danielle Gouvetich & Marie-Thérèse Raepsaet-Charlier Editora Livros do Brasil, Lisboa, 2005, p. 113 Continuar a ler
Final da Literatura Clássica: prelúdio
Segundo Galiano, o incêndio do quarteirão do templo da Paz no final do reinado de Cómodo irá contribuir para o naufrágio da literatura antiga A vida quotidiana Da mulher na Roma Antiga Danielle Gouvetich & Marie-Thérèse Raepsaet-Charlier Editora Livros do Brasil, Lisboa, 2005, p. 35 Continuar a ler
Rituais de morte e de poder na Roma Antiga
«Enquanto o fogo ardia, lançava-se uma águia, cuja função era levar a alma do morto para junto das divindades.» + In Septímio Severo e a Consecratio de Pertinax: Rituais de morte e de poder Ana Teresa Marques Gonçalves Continuar a ler
Poema de António Pedro Ribeiro
Recuso-me a renunciar a mim mesmo Recuso-me a obedecer ao que quer que seja A Deus, ao Estado, aos patrões Prefiro ser um vadio, um vagabundo E dizer o que realmente penso Não alinho na vossa lei, Na vossa tranquilidade, ó burgueses, Nasci diferente Fui-me fazendo Ouvi este e aquela Li os mestres Ouvi os … Continuar a ler
O general mais experiente… antes da batalha de Pidna
Nasica expressou por palavras os seus sentimentos, instando o cônsul a atacar imediatamente para impedir que Perseu retirasse. De acordo com (Tito) Livio, (Emílio) Paulo respondeu-lhe: «Das muitas vicissitudes da guerra, aprendi quando lutar e quando recusar batalha. Perguntarás pelas minhas razões, em outra ocasião; agora, bastará que aceites a palavra de um comandante experiente». … Continuar a ler
Passagem de O Jovem Törless de Robert Musil – II
«Após um momento em que ele ficou a olhar-me disfarçadamente, empalideceu. Uma mudança estranha transformou-lhe o rosto. Desapareceu o ar inocente de antes; era como se este se sumisse com a cor. Agora estava esverdeado, balofo, como um queijo. Só vi uma coisa assim uma vês antes, quando certa ocasião vi prenderem um assassino na … Continuar a ler
Passagem de Afrodite, Pierre Louÿs
«Nada se vê de tão perto como o rosto da mulher amada. Vistos na aproximação excessiva do beijo, os olhos de Crísis parecem enormes.» Afrodite de Pierre Louÿs (edição de 2006 Guimarães Editores, p. 168). Continuar a ler
Passagem de Memórias da Grande Guerra – Jaime Cortesão
Mas só assim, amassada com oiro e lama, a verdade é humana, é inteira e grandiosa. Memórias da Grande Guerra – Jaime Cortesão, Lisboa, Portugália, edição de 1969. Continuar a ler
“Deus não morreu, ele transformou-se em dinheiro” – Agamben
A crise atravessada pela Europa não é apenas um problema econômico, como se gostaria que fosse vista, mas é antes de mais nada uma crise da relação com o passado. O conhecimento do passado é o único caminho de acesso ao presente.” E ainda: “Minhas investigações mostraram que o poder soberano se fundamenta, desde a … Continuar a ler
O Escafandro e Borboleta – Jean-Dominique Bauby
Gosto muito das letras do meu alfabeto. À noite, quando está demasiado escuro e o único sinal de vida é um pequeno ponto vermelho, a luzinha da televisão, vogais e consoantes dançam para mim uma farândola de Charles Trenet: De Venise, ville exquise, j’ai gardé le doux souvenir. De mãos dadas, atravessam o quarto, dão … Continuar a ler
Passagem de O Jovem Torless de Robert Musil
«Após um momento em que ele ficou a olhar-me disfarçadamente, empalideceu. Uma mudança estranha transformou-lhe o rosto. Desapareceu o ar inocente de antes; era como se este se sumisse com a cor. Agora estava esverdeado, balofo, como um queijo. Só vi uma coisa assim uma vês antes, quando certa ocasião vi prenderem um assassino na … Continuar a ler
Fragmentos de Heráclito
Por isso é preciso seguir o-que-é-com, isto é, o comum; pois o comum é o-que-é-com. Mas, o logos sendo o-que-é-com, vivem os homens como se tivessem uma inteligência particular. Porto, 1992, Farândola. Continuar a ler
Carmona VI
Devo explicar que a Senhora chama Carmona a todos os presidentes de Portugal, numerando-os para os distinguir uns dos outros. Vai agora no sexto, «conhecido nas repartições por António Ramalho Eanes», acrescenta para meu maior embaraço, quando temos visitas. José Cutileiro, Bilhetes de Colares, de A. B. Kotter (1993-98). Lisboa Independente, 2004. Continuar a ler
Passagem de Estrela Voadora de Ursula Wolfel
Da história para crianças, de seu nome Estrela Voadora, retirámos este excerto: «Parecia-lhes inacreditável e maravilhoso que fosse possível fixar com as mãos as palavras que se dizem». Estrela Voadora é uma criança que com o seu amigo irmão Pássaro-da-Erva vão visitar o Homem Branco. Pela primeira vez contactam com a escrita. O livro é … Continuar a ler
Leituras…
Talvez o céu seja precisamente isto, Harry, podermos sonhar com a doce lembrança de tempos já volvidos. Noites no Alexandra de Willian Trevor, Lisboa, Publicações D. Quixote Continuar a ler
Leituras…
Aliás, também o presente desapareceu subitamente das suas cartas. Noites no Alexandra de Willian Trevor, Lisboa, Publicações D. Quixote Continuar a ler
O nada, de acordo com a cultura japonesa
E frente a ela, o «Jardim do Absoluto Nada» dá-nos o termo da navegação. As pedras desaparecem. Só resta a areia branca, com dois pequenos montículos – também de areia feitos, prefigurando os montes de Horai e Sumer, a montanha inicial e a montanha final. João Bénard da Costa, Quinze Dias no Jopão. Crónica Daizen-In … Continuar a ler
Passagem de Afrodite de Pierre Louÿs
«As mulheres não têm nome nos braços dos amantes. Já não sou nada a não ser a mulher que te ama e o meu desejo por ti invade-me até à extremidade dos seios.» Afrodite de Pierre Louÿs (edição de 2006 da Guimarães Editores, p 88). Continuar a ler
Marte agita as armas
Viam os escudos, mar, sangue, e as vozes do vento diziam: «Marte agita as armas». Oliveira Martins, História da República Romana, Lisboa, Livraria Editora, 1927. Continuar a ler
Ao deus que protege e faz retirar
Retirou, pois, e o povo de Roma, attribuindo outra vez á protecção dos deuses o seu livramento, levantou sobre o lugar onde Annibal acampara um altar ao deus incognito «que protege e faz retirar» (Rediculus tutanus). Oliveira Martins, História da República Romana, Lisboa, Livraria Editora, 1927. (conforme a ortografia da época). Continuar a ler
Sobre a origem da palavra Velar – Oliveira Martins
«Na rectaguarda correspondiam a cada legião 1200 velites, que esperavam desarmados, e, tomando as armas dos que caíam iam preechendo as vagas». Oliveira Martins, História da República Romana, Lisboa, Livraria Editora, 1927. Continuar a ler
Morte de Arquimedes
«… o soldado mandava-lhe que fosse á presença de Marcello – Onde? Volta Archimedes; e tornou á sua contemplação. O soldado atravessou-lhe o ventre com a espada. É assim que a realidade se vinga duramente dos contemplativos: mata-os.» Oliveira Martins, História da República Romana, Lisboa, Livraria Editora, 1927. (conforme a ortografia da época). Continuar a ler
Passagem de José Gil
«E se tudo se desenrola sem que os conflitos rebentem, sem que as consciências gritem, é porque tudo entra na impunidade do tempo – como se o tempo trouxesse, imediatamente, no presente, o esquecimento do que está à vista, presente.» Portugal, Hoje O Medo de Existir, Lisboa, Relógio de Água Editores, 2008 Continuar a ler
Abelardo e Heloísa
Estava convicto de que Heloísa, conhecedora e amante das letras, ofereceria uma menor resistência aos meus intentos. E mesmo que, por vezes, estivéssemos separados continuaríamos a estar presentes através de cartas. As palavras que se escrevem são frequentemente mais audaciosas do que aquelas ditas pela boca. As Cartas de Abelardo e Heloísa, Guimarães Editores, 2003. … Continuar a ler
Sobre o Trabalho Teórico
… «porque dizer tudo» não tem sentido para um sábio: só uma religião pode pretender «dizer tudo». Pelo contrário uma teoria científica tem sempre, por definição, outras coisas a dizer, dado que só existe para descobrir nas suas próprias soluções tantos, senão mais problemas do que resolve. Sobre o Trabalho Teórico – L. Althusser Continuar a ler
“De sangre en sangre vengo”*
De sangue em sangue venho. Todo o homem é uma herança, um pedaço de rio cuja nascente é de outro mundo. Só à Terra presto contas. RT, 1996 *Otros poemas sueltos Miguel Hernandez Continuar a ler
Passagem de Olivier Rolin II
“… e assim é como se a cidade se tivesse tornado toda ela indecifrável, lugar de uma imensa e constante emboscada, pois a cada esquina pode acontecer o horror de reencontrar aquela que escolheu tornar-se-nos desconhecida, estrangeira, invisível, não mais conhecer nem compreender nada de nós …” Porto Sudão de Olivier Rolin Continuar a ler
“Mas vós, contai outra vez a história, não sou pessoa inexperiente da desgraça: escutarei.”*
Se não acreditares, vê a minha alma, observa-a atentamente: tem três corações partidos. Do modo como estão distribuídos os estilhaços sei ler o meu futuro. Mostra-te! RT, 1996 * Antígona – Sófocles Continuar a ler
Passagem de Rolin
“No instante em que se abraçavam um ao outro unidos sob os candelabros brancos e rosa dos castanheiros em flor, ela já o traíra no seu coração já que ela o trairia um dia…” Porto Sudão de Olivier Rolin Continuar a ler
“o tempo dura tanto quanto um homem”*
Há a eternidade tudo o que é infinito – depois há a outra medida das coisas, mais pequena, igualmente precisa e implacável. . O tempo dura tanto tempo quanto um homem. . O espaço são os seus braços. RT,1996 * de Remco Campert Continuar a ler
“Há outros campos para lavrar de outras mulheres”*
Vejo aquela águia ao longe com as suas asas de futuro. . Olho as minhas mãos, depois o céu infinito. . Ó Alma dorida: há outros campos para lavrar de outras mulheres. RT,1996 * de Antígona – Sófocles Continuar a ler
Passagem de Porto Sudão de Olivier Rolin
“No instante em que se abraçavam um ao outro unidos sob os candelabros branco e rosa dos castanheiros em flor, ela já o traíra no seu coração já que ela o trairia um dia…” Continuar a ler
Passagem de Rodrigues Miguéis II
Como era para os Gamas e os Magalhães que, em plena tormenta e rebelião, lançavam às ondas os instrumentos e cartas de marear. Continuar a ler
Dito de Thomas Jefferson
Tu és de tal maneira o que pareces que eu não entendo o que tu dizes. Continuar a ler
Passagem de Rodrigues Miguéis
Algures em Lope de La Vega, um personagem indaga: «Acaso sois português, que tanto vos chorais?» Continuar a ler
Frase
«As coisas antigas foram extremamente novas» – Divus Claudius, Imperator Continuar a ler
Sobre a adolescência, Hélia Correia
“Durante o crescimento, há um instante em que o adolescente arruma as lendas que o foram educando na infância. E há depois o instante em que transpõe o portão sem regresso que o conduz para o terreno da maturidade. Entre esses dois momentos, fica o espaço em que tudo é vivido brutalmente, com uma intensidade … Continuar a ler